quarta-feira, 29 de julho de 2015

A espiã que sabia de menos

Antes de mais nada preciso confessar: odeio comédias! Tenho um humor muito estranho. Passo o dia todo rindo de qualquer bobagem. Sou famosa pelo riso fácil e pela gargalhada alta. Mas basta sentar diante de um filme de comédia que não consigo esboçar um único sorriso! Até consigo rir com algumas séries como Friends e Will & Grace. Só não consigo me divertir com 99% das comédias existentes. Apenas isso.

Então não me perguntem porque cismei de assistir "A espiã que sabia de menos". Por curiosidade. Pelo elenco. Pela temática. Ou simplesmente porque insisto em ver algo do gênero uma ou duas vezes por ano. Vai que algum me agrada.

O filme é uma paródia. Impossível não rir dos rapazes estilo Bond, para melhor ou para pior. E os vilões caricatos? Vamos combinar: não é o tipo de filme que agrada a todos. E eu não sou boa para indicar comédias. Mas acredito que vale a pena dar uma espiada. Nem que seja para achar sem graça todas as referências aos filmes de espionagem. Tem um toque de Kingsman - serviço secreto. Pelo menos me lembrou um pouco. Principalmente nos excessos.

Se você, como eu, adora debochar de filmes estilo 007, "A espiã que sabia de menos" é um prato cheio! Agora o que me conquistou de verdade foi a heroína fora dos padrões. Que sofreu justamente por não se encaixar no estereótipo de agente secreto. E por ganhar identidades secretas compatíveis com a imagem de mulher gorda, com 40 anos e solteira. Sobraram ideias pré-concebidas, preconceitos sociais, estereótipos, clichês, entre tantos outros. E é justamente por brincar com tudo isso e ter uma heroína cativante, que o filme conquista. E daí que ela não é uma supermodelo de 20 anos, vestindo manequim 36, bem treinada, sexy, encarnando a imagem perfeita de uma agente secreta? Susan Cooper é ainda melhor. Afinal, adivinha quem salva o dia? O azarão da agência, claro! 




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