sábado, 12 de dezembro de 2015
Contagem regressiva...
Caramba, que ano confuso! Nem acredito que está (finalmente) chegando ao fim. Estou mega empolgada com a viagem. Contando os dias que faltam. Fazendo uma lista do que eu não posso esquecer de colocar na mala (sou muito ansiosa). Um item muito importante: um HD externo repleto de séries (algumas a temporada inteira) para assistir quando tiver um tempinho. Livros? Também! Música? Idem. E ainda estou incluindo vários grupos de discussão no zap!!! Quero ver tempo para dar conta de tudo isso!!! Mal consigo administrar twitter/blogger/facebook...
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
O pequeno príncipe
Eu nem acredito que levei tanto tempo para assistir ao filme "O pequeno príncipe" (2015). Provavelmente porque uma parte de mim estava insegura após perceber, no cartaz de divulgação, uma personagem a mais: a garotinha.
Pensei que isso modificaria a história. Com certeza não iria gostar. Afinal, esse livro é um clássico. Marcou minha infância e adolescência. Li dezenas de vezes. A cada leitura percebia algo novo. É o típico livro que tem inúmeras mensagens. Algumas óbvias, outras escondidas. E tem coisa que só com a experiência de vida é possível compreender...
Só que a garotinha conquista logo de cara. Impossível não se conectar com sua história pessoal, com a forma como o aviador e o pequeno príncipe entram em sua vida.
O importante é que finalmente cedi. Mergulhei na incrível produção. Ri, chorei, vibrei, torci, me emocionei... Como conseguiram atualizar tanto a história? Amarrar todas as pontas e personagens? Cativar o público daquele jeito? Não sei explicar ainda. Desde os minutos iniciais fiquei tão conectada que foi difícil dizer adeus ao chegar ao fim. O final pode não ter sido exatamente do jeito que eu gostaria que fosse. Mas encerrou de uma forma bem bacana.
Só tenho elogios a essa produção!!! Vale cada segundo!!! Sem contar que foi delicioso ver as ilustrações do livro original, ali, na tela!!!!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Que país é esse?
Gente, tem hora que fico sem entender o povo brasileiro. Reclamam da Dilma. Mas votaram nela. Reclamam do PT. Mas colocamos eles no poder. Reclamam da crise econômica dizendo que nunca foi tão ruim... Oi? Esqueceram do passado? Collor. Sarney. Fernando Henrique Cardoso. Sem contar outros tantos. O povo elege mal, sofre, esquece e reelege todo mundo!!!!
Não estou feliz com a situação do país. Acredito que teria que acontecer uma mudança drástica. Diminuir ministérios, diminuir o número de assessores... Governantes deveriam receber um salário mínimo, igual ao que o povo recebe. Talvez assim o país melhoraria. Pelo menos eu conseguiria enxergar uma luz no fim do túnel...
domingo, 6 de dezembro de 2015
Mês novo, vida que segue
Quem diria
que uma sedentária convicta como eu toparia participar de uma caminhada de rua?
Singelos três quilômetros... Em pleno
domingo de manhã, na praia de Copacabana? Trocar a cama macia e confortável
pelo calor e agitação das ruas. No eterno verão carioca. É primavera ainda, mas
no Rio isso não tem significado real. Se bem que o tempo ficou fresquinho,
nublado...
O que
importa é a atitude. Fazer algo novo. Seguir vivendo. Voltando aos eixos. Novos
hábitos.. novas amizades. Novas rotinas. Sem deixar de lado minha essência.
Alguns hábitos bons e antiquados. Tantos amigos incríveis e velhos. Um pouco da
rotina boa e antiga. Misturando tudo. Mudando a cada instante. Fortalecendo
corpo e mente.
Graças aos
amigos que permaneceram próximos mesmo quando tudo indicava que era o momento
de pular fora!
sábado, 5 de dezembro de 2015
Sugestão de série: Blindspot
Eu já disse anteriormente que ando com um humor horroroso. Isso afeta diretamente os meus hobbies. Antes, mesmo sem tempo, enrolada com o trabalho, conseguia acompanhar várias séries. Agora vejo pouquíssimas. E algumas dessas ainda ficam de lado, acumulando episódios para uma maratona qualquer.
Provavelmente por ser uma série nova, com elementos clássicos, mas com um toque diferente, que Blindspot chamou minha atenção. Pra ser bem sincera a premissa saltou aos olhos e a destacou de outras muito antes da estreia. O fato de serem 10 episódios agora, com um longo hiato pela frente, também ajudou bastante.
Uma mulher é encontrada dentro de uma sacola, no meio da Times Square nua, desmemoriada e com o corpo coberto de tatuagens. Amei essa ideia bizarra! A partir daí descobrem que cada tatuagem tem um significado. Expõe um vilão ou grupo de bad guys, enfim, começa a parte "velha conhecida" das séries. A cada episódio temos o caso da semana conectado de alguma forma com uma das tatuagens.
No geral me agrada. Tem pontos fracos? Lógico! A interpretação de um ou outro ator. A necessidade de ligar o caso a uma tatuagem... Agora existem os pontos fortes também. A forma como o mistério sobre a personagem vem sendo desvendado. Sutilmente, diga-se de passagem. A dinâmica da equipe de investigação. A possibilidade dos personagens secundários terem suas histórias desenvolvidas no decorrer da trama. Gosto muito do casal principal. O jeitão tosco do policial. A forma como a Jane Doe precisa equilibrar suas tendências naturais com a vida nova que está levando...
E vamos combinar que exercita a criatividade dos roteiristas. Há infinitas possibilidades de desenvolverem a trama, de incluírem histórias, de mesclarem personagens. Acredito que se conseguirem manter o ritmo, tem tudo para dar certo. Só acho que não precisaria que todo caso da semana tivesse alguma relação com a nossa Jane Doe. Mesmo assim, por enquanto, foram poucas as cenas absurdas ou estapafúrdias. Toda série tem seu quinhão, infelizmente.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Justificando o injustificável
Pode
parecer piada, mas não é. Depois de tentar escrever esse texto milhares de
vezes (para abandoná-lo em seguida), finalmente reuni forças para seguir até o
fim.
Meu
objetivo é simples: desabafar. Tentar organizar meus sentimentos e pensamentos.
Sugestão do meu psicólogo, já que amo escrever. Só que não é fácil colocar
sentimentos conflitantes no papel. Antes de mais nada preciso deixar claro uma
coisa: não sou bipolar. Sou apenas um ser humano normal, com a capacidade de
mudar de opinião apesar de “ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Basicamente
uma metamorfose ambulante.
Minha
vida seguia normal, apesar da morte inesperada de familiares queridos. Quando finalmente
achei que estava superando o trauma dessas perdas, um exame comprovou uma
gravidez inesperada e indesejada. Sim. Por mis que eu queira ser mãe, não quero
que seja de qualquer jeito. Não sou casada, não tenho quem fique com o bebê,
tampouco tenho estabilidade financeira para sustentar uma criança. Não planejei,
não desejei, mas aconteceu. Passado o susto, hora de dividir o fardo com o
outro responsável: o pai. E uma longa discussão abalou o relacionamento estável
que tínhamos. Descobrimos que não só não queríamos, como não estávamos prontos
para isso. Pior, o que deveria nos unir, nos separou. A estabilidade foi para o
brejo, junto com o que havia de melhor em mim. Meu humor mudou. Minha cabeça
estava repleta de ideias loucas. Foram semanas terríveis. Intermináveis.
Confesso
que a única coisa que não passou pela minha cabeça foi o aborto. por questões
religiosas. Sou kardecista, acredito em reencarnação. Então abortar estava fora
de cogitação. O jeito era descobrir como incluir uma criança na vida que levo
atualmente...
Até
que finalmente cedi. Mandei o universo para um lugar florido. Juntei os cacos e
decidi seguir em frente. Afinal, não tenho 15 anos. A gravidez surgiu porque em
algum momento eu dei uma brecha. Então, de que adiantava reclamar e rejeitar? Precisava
aceitar e seguir adiante. Com os hormônios a mil e o humor do Drácula, comecei
a me afastar do mundo e a mergulhar de cabeça nessa nova fase. Virei a
antissocial das redes sociais e devorei blogs e mais blogs sobre gravidez.
E,
quando eu menos esperava, sofri um aborto espontâneo. Sério. Pode parecer
mentira, mas não é. E eu que já tenho tendência a depressão, mergulhei fundo no
sentimento de culpa. Afinal, como não me sentir culpada? Eu rejeitei a criança
desde o princípio. Natural que após absorver tanta energia negativa minha ela também
me rejeitasse e desistisse de nascer. Se eu tivesse aceitado tudo desde o
princípio... Se eu fosse mais forte... Se eu não tivesse surtado... Mas eu
surtei. Pela segunda vez, em poucos meses.
A
depressão é algo banal para alguns. Frescura para outros. Só quem passa por isso
sabe o peso que ela impõe. Faço tratamento psicológico. Falo sobre tudo. O mais
difícil é confrontar seus próprios medos, pensamentos, sentimentos... É
descobrir o lado negro que há dentro de nós. A vantagem é que mesmo mergulhando
nas trevas existe a luz. Mesmo tendo tanta coisa ruim dentro de nós também
existem coisas boas.
Aos
poucos estou conseguindo me libertar. Ainda estou lutando contra a depressão. É
uma batalha diária. Tenho dias bons. Outros ruins. Tem dia que preciso me
isolar para não magoar os outros. Difícil fazer isso no trabalho. Exige de mim
um controle absurdo. Como quem convive sabe que estou num processo lento de
recuperação, acabo recebendo a compreensão e o apoio de que necessito.
Não
acho que a minha dor seja maior que a de outras pessoas. Acredito até que passei
por uma experiência comum a tantas mulheres. Só que não nos cabe julgar a dor
dos outros. Cada um sabe o que sente. E como certas coisas afetam nossas vidas.
Não sou melhor nem pior. Sou um ser humano, que ri, chora, sofre e batalha para
superar as dificuldades.
A
vida nos coloca na posição em que devemos estar. Diante de obstáculos que
podemos superar. Com dores que conseguimos suportar. Difícil é ter fé e
acreditar que tudo acontece para nosso bem, para nosso amadurecimento e
crescimento pessoal.
Sei
que tudo o que escrevi é tolo, ingênuo, idiota, infantil... Pouco me importa. Eu
precisava colocar tudo no papel. Organizar fatos, ideias, sentimentos. Me afastar
do problema. Olhar e perceber o quadro maior. Descobrir o que ainda me
incomoda. O que preciso mudar em mim. O que ainda falta aceitar. E me preparar
para a fase seguinte do tratamento.
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